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sábado, abril 1

Rodrigo Guedes de Carvalho apresenta "Mulher em branco"

O auditório da Feira do Livro, no Parque de Exposições de Braga, foi pequeno para todos aqueles que quiseram ver Rodrigo Guedes de Carvalho, este Sábado, na apresentação do seu mais novo livro: “Mulher em branco”. Apesar de muitos estarem presentes para ver o pivot da SIC, Rodrigo fez questão de frisar que não estava ali o profissional de televisão mas sim o escritor, para dar a conhecer o seu mais novo trabalho. Apresentado por José Manuel Mendes, que aproveitou para tecer breves considerações sobre o novo livro e o seu autor, esta conferência ficou marcada pelo tom informal e bem disposto do seu interlocutor principal. Rodrigo, o escritor, falou do conceito de romance, afirmando que “não é um mundo que se abre, temos que estar predispostos a isso”. Recusa-se a escrever livros fáceis de ler, na medida em que os seus leitores devem ser activos, não se podem limitar a “passar os olhos pelas palavras”. Em relação ao novo livro, o escritor explicou que partiu de um ponto de partida diferente. Em vez de descrever o início de uma relação, acaba por narrar o final de uma, interrogando-se sobre o que faz com que já não exista algo que continue a manter duas pessoas juntas. Esta dúvida, presente em todo o livro, faz a sua primeira aparição logo na contracapa: “Para onde vão os amores que foram um dia?”
A acção retrata um casal que acaba de enfrentar um divórcio litigioso e partilha a custódia do único filho. Num fim-de-semana com o pai, este acaba por desaparecer. A notícia do desaparecimento do filho faz com que Laura fique em estado de choque, entrando numa amnésia retrógrada. E aqui, encontramos o primeiro paradoxo: como chorar o desaparecimento de um filho que não se lembra que existe?
Para além de falar do amor (ou já da falta dele), o escritor aponta como grande desafio o “de dar a conhecer o que se passa na cabeça de alguém que não tem nada na cabeça”.
Apesar da temática definida, Rodrigo afirma: “não sei o que quis dizer com este livro”. Explicou que o seu ponto de partida são sempre as personagens: “Parto das pessoas e preciso de lhes arranjar uma história”. As suas personagens vão ganhando vida à medida que a trama vai evoluindo, vão adquirindo vivências e ligações próprias, chegando a dizer ao autor aquilo que podem e não podem fazer ou dizer. Tornam-se perigosas, é “preciso ter cuidado com elas”. Para conseguir que o livro resulte, é preciso falar com elas todos os dias, ter um método de trabalho.
Quanto aos seus gostos enquanto leitor, afirma que prefere “romances que arrisquem e me peçam para entrar neles” e que façam com que o leitor saia diferente.

2 Comments:

  • O embuste.
    Peço desculpa...mas não façam os portugueses de tontos!
    Se este senhor não fosse "pivot" da Sic (e perfeitamente banal..) obviamente que nunca teria a cobertura mediática a que assistimos! Quantos livros, meu Deus, e quantos escritores de mérito andam a penar anos em Portugal para umas linhas num jornal sobre o seu trabalho!!!E chega este senhor (muitos anos passados sobre o fraquíssimo "Daqui a Nada" ) e parece que se descobriu a pólvora!!!
    Ainda por cima, não passa de uma cópia a traço grosso e esborratado do estilo Lobo Antunes!...
    Como se não bastasse ainda assistimos, recentemente, à mais descarada promoção ao filme dos manos Guedes, integrado no Fantas....horas fio na.....SIC!..
    Mas vcs acham que a malta não topa o compadrio escandaloso???

    By Anonymous Anónimo, at 02:13  

  • Não se consegue dissociar um do outro, obvio. Mas, como deves imaginar, o convidado foi o autor do livro e não pivot da SIC. Já agora..as criticas poderiam ter um rosto, em vez de se esconderem num confortável anónimo.

    By Blogger Pat, at 20:55  

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